22 - SINAIS
Há quantos anos analiso pensamentos de crianças e vejo os sinais de Deus na forma como enxergam o mundo e tentam dizer-nos, no silêncio dos seus escritos, aquilo que registram para ser lido por nós, educadores. Precisamos ter a sensibilidade necessária para contemplar o universo, pelos olhares ingênuos de nossas crianças.
Em mãos, um exemplar do livro "PONTO LUMINOSO" da Escola Estadual Professora Júlia Kubitschek, de Diamantina, datado de mil, novecentos e oitenta e sete, quando o Júnior, nosso terceiro filho, cursava a terceira série do ensino fundamental. E aqui, na página vinte e oito, um belíssimo texto de sua autoria, falando de sua volta para casa, num dia de chuva. Diz que "caiu uma chuvinha, mas logo começou a engrossar, apareceram relâmpagos, ventos fortes e virou um grande temporal." Descreve sua preocupação com seus cadernos, a caixa de lápis de cor... E diz que, já em casa, verifica sua pasta e tinha razão: estava tudo molhado.
Vejamos como ele conclui seus pensamentos: "Mas, em vez de ficar triste, fiquei rindo de mim mesmo e contando a minha briga com a chuva, tentando me esconder dela. Logo veio o arco-íris e o céu ficou mais bonito do que nunca!" E continua: "Mas mesmo assim fiquei pensativo: como estariam os passarinhos? Será que estariam tristes? Seus ninhos teriam caído?... E os pobrezinhos, que vivem andando pelas ruas?..."
E conclui, como num desabafo: "É tão bom a gente ter um lar!"
É... Ele nunca havia dito isto a nós. Mas deixou registrado para muitos leitores nestas páginas, encadernadas pelo carinho de uma escola que preza o que os alunos fazem.
Obrigada, meu Deus: pelos nossos filhos... pelas nossas casas... escolas... ambientes de trabalho... nossas famílias... NOSSO LAR, não é, Júnior?!
Vejamos como ele conclui seus pensamentos: "Mas, em vez de ficar triste, fiquei rindo de mim mesmo e contando a minha briga com a chuva, tentando me esconder dela. Logo veio o arco-íris e o céu ficou mais bonito do que nunca!" E continua: "Mas mesmo assim fiquei pensativo: como estariam os passarinhos? Será que estariam tristes? Seus ninhos teriam caído?... E os pobrezinhos, que vivem andando pelas ruas?..."
E conclui, como num desabafo: "É tão bom a gente ter um lar!"
É... Ele nunca havia dito isto a nós. Mas deixou registrado para muitos leitores nestas páginas, encadernadas pelo carinho de uma escola que preza o que os alunos fazem.
Obrigada, meu Deus: pelos nossos filhos... pelas nossas casas... escolas... ambientes de trabalho... nossas famílias... NOSSO LAR, não é, Júnior?!
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