O Décimo Livro!
É estranho... Preciso - e quero! - escrever o décimo livro, mas... e o tempo?... Por que será? Quanto mais o tempo passa, menos tempo eu tenho! Que significa isto?!... Dá pra entender???
Não! Acho que não! Já não estou aposentada?... Já não preciso então sair correndo, como antes, para a escola, não é mesmo?...
Se já criei os quatro filhos - se já ajudei também com os sete netos, que estão agora, todos eles, bem crescidinhos... O que acontece, afinal?...
Encomendaram-me há algum tempo... E prometi escrevê-lo. Vai sair, se Deus quiser. Não agora, pois, tenho que começar um determinado trabalho, mas depois... Talvez amanhã... Um dia... Quem sabe?...
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Retomo agora; meses depois! Fazer como a Emília, do Monteiro Lobato?... "Era uma vez... Três pontinhos..." Isto? - Não! - Não! Não! Começar já!
Era uma vez, um nada! Talvez, só trevas... E não se via nada!... Faça-se a Luz! E a Luz se fez! E ficou tudo claro, de repente. Mas não havia o que se ver. Era preciso fazer algo!... E de repente... Faça-se! E tudo se fez!
Maravilha! Há muito o que se ver agora. Então... o que nos permite ver é a luz! Sem ela, nada se vê. Obrigada, Senhor, pela luz que dissipa as trevas da minha vida. Isto é fantástico!
E o Décimo Livro está começando, com o valor da Criação: Faça-se! E tudo foi feito! E nada mais se precisava fazer; apenas transformações. Foi quando entendi: "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Entendido, fica aqui registrado hoje: do nada ao tudo, o início do Décimo Livro, encomendado e tão esperado!
(Celina - 26/05/24)