sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

511 - ...E lá vamos nós!

 511  -  ...E lá vamos nós!

Pois é: minhas crônicas, consegui levá-las até o número trezentos escrevendo, ilustrando, imprimindo - e mandei encaderná-las para os netos. Acho que ficou um trabalho bom: ilustrado, colorido, capa dura... Muito bom!

Porém, como era um blog, continuei escrevendo. Então, por sugestão de alguns amigos, resolvemos transformar tudo isto em livros "de verdade"! E aí decidimos colocar cem crônicas em cada volume. E continuei escrevendo; mandamos publicar o número quatro, como se fosse o último.  Mas - que nada! - fizemos em seguida o Livro cinco, pra fechar a Coleção "Botões de Rosas".

E aí,  a gente continua a escrever: é um vício! Qualquer assunto, pensado, ou visto, ou ouvido, lá estou eu no computador de novo.   Nem acredito! Até quando???

Agora um fato novo. Há muito tempo, eu escrevera algumas histórias infantis. Não me lembro se, quando era professora, ou se, supervisora. Há muitos anos! Estava aqui esse arquivo escondidinho no meu computador, e lá vem alguém sugerindo que o publique

Você nem vai acreditar: já está indo para o prelo também! É o sétimo livro meu! Certo é que, em uma de minhas crônicas um dia, lembro-me de que escrevi assim: "nada do que fiz na vida ficou perdido: tudo foi aproveitado". Tudo! 

Agora, até minhas pobres historinhas infantis!  Eu as escrevi para trabalhar com elas,  e não sei por quê não aconteceu, enquanto eu estava na ativa. Agora, vão se esconder em uma capa que meu sobrinho está tentando desenhar. Aparecerão nas escolas como um Projeto de Contação de Histórias. 

Deus permita que tenha aceitação e possa ajudar professores, coordenadores e outras pessoas que gostem de contar histórias para os pequeninos. Aguardemos o resultado. É mais uma contribuição à educação de nossas crianças.

(Celina  -  22/01/21)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

510 - Ter Saúde!

 510  -  Ter Saúde!

Como é bom ter saúde, todo o organismo funcionando direitinho! Só que a gente não pensa nisto, a não ser, quando algum sistema deixa de funcionar a contento. Como o meu sistema respiratório ontem! 

Meu esposo disse que iria apanhar umas goiabas bem maduras, para eu fazer um doce; mas que fosse feito com rapadura. E pensei: domingo à tarde? Até limpar aquilo tudo?...

E lá se foi ele, apanhar as goiabas. E trouxe muitas! Encheu a pia e comecei a limpá-las. Quando o miolo estava bom, eu os comia, porque usamos apenas as cascas. Faço normalmente tudo muito rápido e, num instante, as goiabas estavam no jeito de ir para o fogo.

Pus na boca um pedacinho da rapadura - que não era nada dura! - e logo se derreteu formando um caldo docinho muito gostoso.

Estava com esse caldo na boca, quando ele entrou na cozinha e me perguntou algo. Ao tentar responder, me engasguei feio, tendo a impressão de que aquele caldo docinho havia entrado para o tubo errado. Ele repetiu a pergunta e eu não conseguia responder. Quando perguntou de novo foi que, com grande dificuldade, consegui balbuciar: "Não vê que estou engasgada?"

Acho que ele não entendeu direito. Corri para o banheiro, num estado péssimo, sentindo muito mal, coloquei o dedo na garganta e comecei a colocar pra fora, todo miolo de goiaba que havia ingerido. Porém o estado geral do corpo não melhorava. Na verdade, eu estava pondo pra fora o que estava no aparelho digestivo e não no respiratório, por mais que eu tossisse. 

Tossi... tossi... tossi... e nada de melhora. Subi, sentei-me na cama, já cansada de tanto fazer esforço; e desanimada... 

Daí a pouco, ele subiu e perguntou: "Melhorou?" Respondi, entre dentes: "Não! Acho que aquele caldo foi mesmo todo para a  laringe e não, para o esôfago." E ele, animador, com gracejo: "Nada pode ir para o pulmão, senão a gente morre!"- "Pois é: vou morrer!"

Ele me olhou assustado, ficou ali um pouco, pensativo, e desceu! Fui para a janela e comecei a respirar devagar e profundamente. Inspirava, segurava, e expirava, metodicamente. Tentei cantar; a voz estava ruim; mais que isto: estava péssima! E pensei: "amanhã, segunda-feira, eu tenho que cantar o Salmo, lá no Santuário. E depois dirijo a oração do Santo Rosário. Mas como?"

Fui respirando conscientemente, me acalmando, cantando baixinho, rezando... E foi passando aquela sensação horrível. 

Demorou, viu? Muito mesmo! Fui à Missa hoje, fiz tudo o que normalmente faço; mas minha garganta ainda dói muito. Também, com todo aquele esforço... 

Como é bom ter saúde, o corpo todo funcionando normalmente! Obrigada, Senhor!

(Celina  -  18/01/21)

domingo, 17 de janeiro de 2021

509 - De Mãos Dadas!

 509  -  De Mãos Dadas!

Pretendemos caminhar de mãos dadas com toda a humanidade! A Gente reza por todos, ajuda a quem está necessitando, desde que encontre condições para tal, sempre tentando fazer algo. Também fazemos o possível para estar em sintonia com Deus, e, quando a situação parece ficar fora de controle, a Gente "segura firme na Mão dEle", com confiança!

Porém, não é disso que quero falar. Não dessa situação virtual; mas de uma bem real! Estou pensando em um tempo bom de namoro, quando, após algum conhecimento do outro, a Gente se permitia caminhar de mãos dadas. Como era bom! Como nós, mulheres, nos sentíamos protegidas e amadas, ao sairmos de mãos dadas com aquele que elegemos para estar ao nosso lado, durante toda a vida!

Eu morava um pouco longe do centro e, ao voltarmos para casa, lá íamos nós, de mãos dadas, caminhando, conversando, porque não tínhamos carro. E é disto exatamente que falei com ele hoje, ao sonhar com uma dessas caminhadas. Como ele estava vendo um filme, eu, com sono, fui me deitar. Dormi logo. E sonhei! Sonhei conosco, de mãos dadas, caminhando por aquelas ruas, conversando animadamente. 

Porém, não durou muito não: acordei logo e assim que ele subiu, contei o meu sonho, lamentando porque hoje - ou de muito tempo para cá - a Gente só anda de carro. E aí, um ao lado do outro, eu no volante, porque ele não gosta de dirigir - e nada de mãos dadas! E é uma pena, porque o contato de mãos que se acariciam é muito bom. Como disse acima, é uma sensação gostosa de segurança, de pertença, uma coisa meio que, inexplicável. 

O progresso, a aquisição de coisas materiais, o ter demais, vai tirando do ser humano, a simplicidade, o viver mais próximo, o sentir-se bem, o pertencimento um do outro. E em se tratando de carros, na maioria das vezes, cada um tem o seu, um vai para um lado e o parceiro para outro - o que  é pior ainda.

Que pena! Não queremos ser contra o progresso, contra a civilização, mas em diversas situações, o antes era bem melhor que o hoje. E é uma lástima podermos afirmar: "Não tem volta!"

(Celina  -  17/01/21)