sábado, 23 de fevereiro de 2019

336 - Décadas!

336  -  Décadas!  

Sete décadas! Nossa! A gente nem sente, mas como o tempo passa! Contam-se os segundos - os minutos - as horas... Dias - semanas - meses - anos... E nós, meus irmãos, já estamos contando décadas! Que bom! Até aqui, vencedores de diversas batalhas. Até aqui, Deus nos ajudou. E queremos contar com Sua poderosa ajuda para falarmos de um século, como meu sogro e outros mais. Século, no singular. Apenas no singular. Mas se conseguirmos chegar lá com saúde, podendo também celebrar -  e não apenas como meros expectadores - vai ser bom demais!

Esplêndidas rosas vermelhas à minha frente e algumas garrafas vazias ali do lado me fazem lembrar que vivemos bons momentos. Passa um filme na minha cabeça; filme que começa numa explosão de palmas e cantorias, já que eu não conhecia o script.  Não tomei conhecimento da preparação, não participei das dezenas de mensagens pra lá e pra cá, não sofri com a ideia de que poderia algo não dar certo...  Portanto, meu filme começa na tranquilidade de achar tudo pronto, sem esforço de minha parte.

 Meu filme começa ali, naquela cena. Se algo deu errado antes, não sei. Só sei que dali pra frente, tudo deu exatamente como planejaram, penso eu. A minha parte na história, foi simplesmente pegar o bilhetinho que minha filha me entregou, e colher os frutos do que foi semeado, seguindo um rigoroso horário, previamente traçado. 

Por isto, é o momento de agradecer. Agradecer à nossa filha maravilhosa que tudo faz para nos ver felizes - e, com ela, nosso genro, um filho a mais! Agradecer aos meus irmãos, cunhado, sobrinhos, que deixam seus afazeres de rotina para estarem aqui numa quarta-feira, partindo a semana ao meio. Agradecer ao esposo que aderiu à festa, pedindo pra cantar "Parabéns" mais uma vez. Agradecer filhos e netos presentes e o caçula que, distante, liga pela manhã e o primogênito, à tarde, massageando ainda mais, o coração da gente... 

Além disto, agradecer telefonemas e as muitas mensagens de facebook e whatsapp, que chegavam a cada momento;  e agradecer carinhosamente, às pessoas que facilitaram a participação numa  celebração eucarística tão bela, naquela capelinha aconchegante, do tamanho da gente!

 E antes de tudo isto, agradecer a Deus, mais uma década vencida, com tanta saúde e disposição, que me faz estar desde cedinho em atividade constante. Agradecer a Ele os quarenta e seis anos de frutuoso trabalho em escolas, após muitos outros, de aulas particulares. Agradecer ainda, um livro de poemas publicado;  e o primeiro volume de crônicas, num total de quatro - o segundo já encaminhado para a Editora. Tudo isto é muito bom e me faz ser feliz. Porém, nada se compara ao privilégio de poder contar com um companheiro de jornada, que possibilita a  chegada de filhos e netos que preenchem os nossos dias.  Muito obrigada, Senhor!

(Sete Lagoas, 23/02/19 - um bonito sábado de sol!)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

335 - A Vida!!!

335  -  A Vida!!!

Da mais linda janela do céu, nossos pais, Geraldo e Alvina, contemplam e aplaudem a nossa união, enquanto com sua singeleza e simplicidade, o Geraldo e o João Bosco, unidos a todos nós, nos fazem lembrar que a eternidade é o fim último de nossas ações aqui na terra.

É... Esta blusa ficou realmente linda! Bendita a hora em que foi idealizada e benditas as vozes que lembraram a todos de trazê-la para o evento. Colocando-a agora para ir à missa na Capela  do Hospital Nossa Senhora das Graças, medito a ternura de cenas singelas do filme da vida de nossa Família.

Família! Tudo de bom! A todo momento, voltamos às raízes, enquanto nos projetamos, esperançosos e confiantes, para os frutos e a colheita. Estamos colhendo tanto, irmãos! Nas páginas 113 e 114 do livro Retalhos d'Alma, eu lembro a todos desta farta colheita. Podem ir lá, na internet; está lá. E também mandei com a Graça, um exemplar para os irmãos e amigos. 

Escrevo isto agora, rapidamente, tendo como fundo musical, este barulho gostoso e divino da água que cai! Sempre digo: "Não precisamos de presentes. Já temos  tudo aquilo de que necessitamos para viver". E de repente, chegam vocês com esta fonte que me surpreendeu e me alegrou profundamente. Eu amo vocês e minh'alma se deleita agora na doce paz que emana da efusão do Espírito Santo  e nos envolve a todos.

Sozinha aqui agora, lembrando casa cheia, barulho, música, algazarra de crianças, agradeço a Deus por todos e por cada um de vocês. Foi tudo muito lindo, tudo perfeito! Almoço, bolo, salgados, docinhos, e mais que isto, celebração eucarística e rosas vermelhas!...

Ah! Quanto vocês me fizeram feliz! E como vocês me conhecem, oferecendo tudo aquilo de que eu mais gosto, tudo o que eu tenho como valor na minha vida! Exatamente aquilo que toca o meu coração, com notas de terna melodia...

Celebrar a vida, é isto. O céu deve ser assim. Devem ser assim os dias na eternidade - esta paz, esta ternura, este caminhar, sem pisar o chão... É! Deve ser assim!!!

Muito obrigada, meus amores! Agradeço com carinho, a disposição, disponibilidade e gratuidade de cada um, na preocupação de não se omitir no momento de marcar presença, ocupando um espaço que é só seu, em meu coração. Deus abençoe a todos!
(Sete Lagoas, 22/02/2019)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

334 - Caminhando...

334  -  Caminhando...


Tudo passa...  Porque tudo caminha. Nada está estático.. A vida é dinâmica. O hoje é diferente do ontem - e o será do amanhã. Em nenhuma esfera, a vida para. A vida caminha. Somos caminhantes, mais ou menos indiferentes, porque não temos o hábito de observar o entorno. E assim, as coisas mudam a todo momento e, muitas vezes, nem o percebemos. É preciso olhos e ouvidos atentos para sentir a mudança - exterior e interior. Mudança à nossa volta - e mudança no interior de cada um de nós. 

A História relata isto, muitas vezes, a passos largos, a períodos gigantes. Mas não é assim. A mudança se faz a cada momento, a cada tic-tac! 

Leio em Maria Valtorta, o nascimento de Jesus. A enorme estrela. E o cântico dos Anjos. E os pastores, assustados, que vêm se certificar do que aconteceu. E O veem. E cumprimentam os pais. E ofertam o que possuem na sua simplicidade: o leitinho morno, tirado ali, na hora; uma cobertinha fofinha de lã "para mantê-lo quentinho"; o anúncio a todos do seu convívio.

E o colóquio final com a Mãe do recém-nascido:
_ Falarás de nós ao Menino?
_ Sim, falarei.
_ Eu sou Elias.
_ Eu sou Levi.
_ Eu sou Samuel.
_ Eu sou Jonas.
_ Eu sou Isaque.
_ Eu sou Tobias.
_ Eu sou Jônatas.
_ Eu sou Daniel.
_ Eu sou Simeão.
_ Eu me chamo João.
_ Eu, José, e meu irmão Benjamin; somos gêmeos...

Mais adiante, bem mais adiante, já quase no final da obra, ela fala do encontro daqueles que sobreviveram às duras provas e puderam ver o "Menino", já adulto, já evangelizando, já anunciando por todas aquelas redondezas, o Reino de Deus!

Quantas coisas aconteceram desde o primeiro momento, até esse agora, nesse encontro maravilhoso dos pastores com Aquele que eles, tão veementemente, anunciaram, sob duras contestações de incredulidade!... Mas, foi dito: "Aquele que perseverar até o fim, será salvo!" Acreditemos.
(Celina - 07/02/19)